Quem eram os amigos de Anne Frank?

No livro “O diário de Anne Frank”, Anne cita alguns de seus colegas de classe e como eles são ao seu ver. Apesar de ter amigas, a garota passou a considerar Kitty, o diário, sua melhor amiga, pois seria a ele quem contaria todos os seus problemas, diversões e o seu dia-a-dia no esconderijo.

Segunda-feira, 15 de Junho de 1942
 
 - Betty Bloemendaal: quieta, estuda muito, vai bem na escola e é aparentemente pobre. Mora em uma rua pouco conhecida no lado oeste de Amsterdã, onde Anne não sabe onde se localiza.

 - Jacqueline van Maarsen: teria sido a melhor amiga de Anne, se ela realmente tivesse alguma amiga de verdade. Anne escreveu estar redondamente enganada quanto a possibilidade de ambas serem melhores amigas.

 - D.Q.: garota nervosa, gentil e esquecida, assim tendo sempre exercícios de casa extras.

 - E.S.: fala muito, não é engraçada, tem o hábito de mexer no cabelo ou nos botões das pessoas enquanto fala. Anne diz não gostar muito dela, o que é aceitável, afinal esse é um sentimento recíproco.

 - Henny Mets: é uma garota legal, mas que, apesar do jeito alegre, parece uma criança quando está brincando e pode ser má influenciada por sua amiga Beppy. 

 - Beppy; é suja e vulgar.
 

Quem foi a família Van Pels?

Hermann Van Pels - Foi um alemão de origem judaica. Começou a trabalhar na empresa de Otto Frank, a Opekta, em 1938, assim virando amigo da família Frank. Em 13 de Julho de 1942 ele e sua família passam a se esconder no Anexo Secreto, que se localizava atrás do escritório da Opekta. Anne achava que ele era "um homem esperto, mas muito convencido".

• Nascimento: 31 de março de 1898, Gehrde, Alemanha
• Falecimento: 1944, Auschwitz, Oświęcim, Polônia

Auguste Van Pels - Foi uma alemã de origem judaica. Ela era casada com Hermann Van Pels, e com ele tinha um filho chamado Peter. Anne em seu diário dizia que ela era vaidosa, mal-humorada em alguns dias, gostava de arrumar confusão, mas também era divertida quando queria.

• Nascimento: 29 de setembro de 1900, Buer, Gelsenkirchen, Alemanha
• Falecimento: 1945, Raguhn, Alemanha

Peter Van Pels - foi um adolescente alemão de origem judaica, vítima do Holocausto. Segundo relatos de uma tia avó e de Miep Gies, ele era um garoto muito tímido, habilidoso, encorpado, bonito, dócil e possuía cabelos cheios e escuros. Quase dois anos se passaram, e ele e Anne se apaixonam, e desenvolvem um relacionamento, é com ele que Anne tem seu primeiro beijo.

• Nascimento: 8 de novembro de 1926, Osnabruque, Alemanha
• Falecimento: 5 de maio de 1945, Mauthausen (Áustria)

O que foi o Tifo Epidêmico que matou Anne e Margot Frank?

Tifo é uma doença bacteriana dividida em dois tipos principais, endêmica e epidêmica. A doença acontece quando a bactéria entra em contato com humanos, normalmente através de vetores como pulgas, piolhos ou carrapatos que as adquiriram de animais como ratos, gatos, gambás, guaxinins e outros.

Existem dois tipos principais de tifo, são eles o tifo endêmico e o:
Tifo epidêmico é a forma mais severa da doença, que também é conhecida como tifo recrudescente ou esporádico. É causado pela bactéria prowazekii Rickettsia. Também é transmitido por meio de animais e pode infectar um grande número de humanos dependendo das condições locais do ambiente, por exemplo, falta de higiene, extrema pobreza, superlotações, entre outros. Quando a bactéria é reativada no corpo da pessoa que já foi infectada anteriormente, ela contrai a doença de Brill-Zinsser, que é uma forma mais branda de tifo epidêmico.

Quem foi Fritz Pfeffer?

Fritz Pfeffer nasceu em 30 de Abril de 1889, em Giessen, Alemanha. Os seus pais eram judeus e tinham uma loja de roupas no centro da cidade. A família era religiosa e Fritz manteve esse hábito. Depois de terminar a escola, Fritz estuda Odontologia em Berlim, onde logo depois de terminar a faculdade já começa a trabalhar como dentista. Em 1926 casa-se com Vera Bythiner, a qual era bem mais nova que ele. O filho deles, Werner nasce em 3 de Abril de 1927. Em 1933 o casamento deles acaba e Fritz fica com a guarda do filho. Em 1935 Fritz se apaixona por Charlotte Kaletta, mas as leis proibíam o casamento entre judeus e não-judeus. Em 16 de Novembro de 1942 ele passa a se esconder no Anexo Secreto, juntamente com a família Van Pels e Frank. Em 4 de Agosto de 1944, os escondidos do Anexo são capturados e levados ao Campo de Transição de Westerbork. Em 3 de Setembro de 1944 ele é deportado para o Campo de Extermínio de Auschwitz, na Polônia. Em 6 de Setembro de 1944 ele chega em Auschwitz, ou seja, sobreviveu a seleção. Em Outubro de 1944, ele é novamente deportado, só que para o Campo de Concentração de Neuengamme, na Alemanha. E em 20 de Dezembro de 1944, Fritz morre no Campo de Concentração de Neuengamme.

O Anexo Secreto

Chamado de “anexo secreto”, o refúgio da alemã Anne Frank ficava nos fundos do prédio da empresa do pai da garota, em Amsterdã, na Holanda. Foi lá que sua família e outras quatro pessoas, todos judeus, viveram clandestinamente, numa tentativa de se esconder dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. E foi de lá também que Anne registrou, em seu diário, o angustiante dia-a-dia das pessoas que viviam no local. As narrativas do diário terminam três dias antes de o lugar ser descoberto. Em 4 de agosto de 1944, os moradores do esconderijo foram levados para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. Anne – então com 15 anos – e sua irmã Margot morreram de tifo no campo de Bergen-Belsen, na Alemanha, em 1945. Apenas o pai, Otto Frank, sobreviveu – foi ele o responsável pela publicação do diário da filha, que vendeu mais de 30 milhões de exemplares no mundo até hoje, fazendo de Anne um ícone do genocídio sofrido pelos judeus.

Filmes sobre Anne Frank

São muitos os filmes que relatam a história de Anne Frank, mas os que eu tomei conhecimento foram esses 18:

 - 1941 Netherlands; Untitled Unknown Amateur; only known footage of Anne Frank, recorded by a neighbor filming a wedding.

 - 1959 United States; The Diary of Anne Frank George Stevens Film 

 - 1959 Yugoslavia; Dnevnik Ane Frank Mirjana Samardzic Television 

 - 1962 Netherlands; Het Dagboek van Anne Frank Television 

 - 1967 United States; The Diary of Anne Frank Alex Segal Television 

10 Frases de Anne Frank

 - "Enquanto puderes erguer os olhos para o céu, sem medo, saberás que tens o coração puro, e isto significa felicidade."

 - "É uma maravilha eu não ter abandonado todos os meus ideais, que parecem tão absurdos e pouco práticos. Se me prendo a eles, porém, é porque ainda acredito, apesar de tudo, que as pessoas têm bom coração."

 - "Amor. O que é o amor? Não creio que se possa relmente pôr em palavras. Amor é entender alguém, se importar, compartilhar as alegrias e as tristezas. Isso pode incluir o amor físico. Você compartilha alguma coisa, dá alguma coisa e recebe algo em troca, seja ou não casada, tenha ou não um filho. Perder a virtude não importa, desde que você saiba que, enquanto viver, terá ao lado alguém que a compreenda e que não precisa ser dividido com ninguém mais."

 - "Que maravilha é ninguém precisar esperar um único momento para melhorar o mundo."

 - "Qualquer um que tomasse o seu lugar seria um substituto fraco. Amo você, com um amor tão grande que simplesmente não pode continuar crescendo no coração, precisa saltar para fora e se revelar em toda magnitude."

A relação entre Peter Van Pels e Anne Frank

Cena de Anne e Peter em O diário de Anne Frank

No filme de O diário de Anne Frank mostra o relacionamento entre Peter e Anne, antes ela achava que ele era um rapaz sem graça, tímido e desajeitado, que ainda não havia completado 16 anos. Teve uma época que Anne até suspeitava dele estar apaixonado por ela e se "vangloriava" por isso, mal ela sabia que um ano e meio depois, ela acabaria se apaixonando por ele e que dele receberia o seu primeiro beijo. No entanto que até Miep Gies conta que uma vez ele pediu a ela que arranjasse flores para ele dar a Anne.

Como o amor é lindo! sz

O Campo de Concentração de Bergen-Belsen

Bergen-Belsen, foi um campo de concentração alemão na Alemanha nazista de Adolf Hitler. Localizava-se no atual estado alemão da Baixa Saxônia, no distrito urbano de Celle.

Entrou em funcionamento em 1940 como campo para prisioneiros de guerra, logo após a invasão da Bélgica, Holanda e Polônia, com um nome diferente. A população do campo cresceu enormemente em 1941 com a chegada de prisioneiros soviéticos feitos após a invasão da União Soviética em junho daquele ano, muitos dos quais morreram no inverno de 1941/1942, muitos deles torturados pelos guardas nazistas. No ano seguinte, em 1942, Bergen-Belsen tornou-se um verdadeiro campo de concentração; as SS (tropa de proteção pessoal de Adolf Hitler) assumiram o comando em Abril de 1943.

A partir de 1943, a área do campo foi ampliada e recebeu mais infraestrutura, e um campo de internamento para judeus foi ali criado, com os prisioneiros de guerra transferidos para outras áreas nas proximidades. Estes prisioneiros judeus em princípio serviriam para troca com prisioneiros alemães capturados pelo inimigo. Ao contrário do pensamento comum, neste campo não havia câmaras de gás; no entanto, milhares de judeus, homossexuais e ciganos foram ali torturados ou morreram de fome, já que os alemães não tinham como alimentá-los no final da guerra, mas, mesmo assim, em 1945 os prisioneiros de outros campos foram levados para lá, em virtude do avanço soviético.

Em condições de superlotamento, de doença e má nutrição, houve muitas mortes; os mais atingidos no início foram os prisioneiros russos; 1800 deles morreram de tifo, disenteria e hipotermia em fevereiro de 1942. Naquele início de ano, o campo apresentava o maior índice de mortes de todos os campos de concentração do III Reich. Foram cavadas grandes valas para enterrar os mortos.

O campo foi liberto em 15 de Abril de 1945.

Grande parte de Bergen-Belsen foi deixada após a libertação, com receio de tifo e dos piolhos. Todos os blocos destinados aos prisioneiros foram incendiados em 21 de maio de 1945, restando apenas os antigos alojamentos dos SS que serviram para abrigar refugiados até 1953.

Cerca de setenta mil pessoas morreram em Bergen-Belsen. Entre elas conta-se Anne Frank e a sua irmã Margot Frank, que morreram ali em Março de 1945.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bergen-Belsen